Uma enorme torre de mármore branco, incrustada na pequena ilha de Pharos, na entrada do porto de Alexandria, foi a última das sete maravilhas do mundo a ser incluída na lista. Com cerca de cem metros de altura, o “farol” como ficou conhecido, foi construído como ponto de orientação para que os navios que viajavam pelo Mediterrâneo encontrassem com facilidade a nova cidade fundada por Alexandre o Grande.
O farol foi construído por volta de 297 a.C., embora não se saiba exatamente por quem. Uma inscrição, incrustada no mármore da base da torre e feita com letras de 50cm de altura, dizia: “Sóstratus, o Cnidiano, amigo dos soberanos, dedica essa obra para segurança dos que navegam pelos mares”. Tudo indica, porém, que o mentor da obra tenha sido o rei Ptolomeu I Sóter (305-282 a.C.), amigo de infância de Alexandre, o Grande, e que recebeu o Egito depois da partilha feita após a morte do grande imperador. Sóstratus de Cnidos provavelmente foi o arquiteto ou engenheiro do farol.
Os vários textos antigos que falam da estrutura nos permitem ter uma idéia bastante aproximada de como ela devia ser.
A obra elevava-se em três patamares: o primeiro, uma base retangular, semelhante a um prédio, com 60m de altura. O segundo, um octógono com cerca de 30m de altura, que sustentava o terceiro nível, um cilindro com 10m de altura. No alto do cilindro, havia uma colunata circular, que sustentava um teto em forma de cone, sobre o qual havia uma estátua com cerca de 5m de altura. Não se sabe exatamente que deus era representado nessa estátua; os especialistas se dividem em três nomes: Zeus, o deus supremo; Hélios, o deus do sol; e Poseidon, o deus dos mares (nessa reprodução, optei pela última alternativa).
Além dessa estátua que culminava a obra, outras quatro estátuas representando os tritões, entidades marinhas metade homem, metade peixe, situavam-se logo acima do primeiro patamar da obra – o que reforça a tese de que o deus a quem a obra foi dedicada era Poseidon.
Embora muitas das ilustrações do farol feitas em nossos dias mostre-o com uma enorme chama, iluminando a noite de Alexandria, não há nenhum registro de que o farol possuía luz antes da dominação romana do Egito. Quanto ao combustível utilizado para sustentar a chama, é quase consenso que não podia tratar-se de madeira, um elemento muito raro na desértica região do Egito; mas sim óleo, que era carregado no lombo de burros até a parte superior do farol. A luz era refletida e ampliada com espelhos. Segundo Josephus, ela podia ser vista a 54 km da costa.
O farol de Alexandria não somente foi uma das maiores construções de seu tempo, mas também o primeiro farol da história da humanidade. Depois dele, a palavra “farol” serviu para designar não só uma torre com luz própria feita para orientar a navegação, como também para designar muitas outras fontes de luz, como o farol do carro, por exemplo.
Contudo, embora majestoso, o farol não constava nas primeiras listas das sete maravilhas do mundo, feitas pelos gregos. Foi somente durante a Idade Média que um monástico europeu chamado Beda incorporou-o à lista, colocando-o no lugar das Muralhas da Babilônia.
Após a invasão do Egito pelo império árabe, o terceiro nível do farol, que já estava seriamente danificado por um terremoto, foi reconstruído como uma pequena mesquita. No início do século XII, já em ruínas, o farol foi completamente destruído por um novo terremoto. No seu lugar foi construído o Forte de Kait Bey.
Mesmo assim, o farol continua muito vivo na nossa época, servindo como modelo arquitetônico para centenas de igrejas católicas espalhadas pelo mundo. Em muitas delas, basta apenas substituirmos a cruz do pináculo por uma estátua de um deus grego para que o farol de Alexandria, à semelhança do próprio Cristo, milagrosamente ressuscite diante de nossos olhos.
O farol foi construído por volta de 297 a.C., embora não se saiba exatamente por quem. Uma inscrição, incrustada no mármore da base da torre e feita com letras de 50cm de altura, dizia: “Sóstratus, o Cnidiano, amigo dos soberanos, dedica essa obra para segurança dos que navegam pelos mares”. Tudo indica, porém, que o mentor da obra tenha sido o rei Ptolomeu I Sóter (305-282 a.C.), amigo de infância de Alexandre, o Grande, e que recebeu o Egito depois da partilha feita após a morte do grande imperador. Sóstratus de Cnidos provavelmente foi o arquiteto ou engenheiro do farol.
Os vários textos antigos que falam da estrutura nos permitem ter uma idéia bastante aproximada de como ela devia ser.
A obra elevava-se em três patamares: o primeiro, uma base retangular, semelhante a um prédio, com 60m de altura. O segundo, um octógono com cerca de 30m de altura, que sustentava o terceiro nível, um cilindro com 10m de altura. No alto do cilindro, havia uma colunata circular, que sustentava um teto em forma de cone, sobre o qual havia uma estátua com cerca de 5m de altura. Não se sabe exatamente que deus era representado nessa estátua; os especialistas se dividem em três nomes: Zeus, o deus supremo; Hélios, o deus do sol; e Poseidon, o deus dos mares (nessa reprodução, optei pela última alternativa).
Além dessa estátua que culminava a obra, outras quatro estátuas representando os tritões, entidades marinhas metade homem, metade peixe, situavam-se logo acima do primeiro patamar da obra – o que reforça a tese de que o deus a quem a obra foi dedicada era Poseidon.
Embora muitas das ilustrações do farol feitas em nossos dias mostre-o com uma enorme chama, iluminando a noite de Alexandria, não há nenhum registro de que o farol possuía luz antes da dominação romana do Egito. Quanto ao combustível utilizado para sustentar a chama, é quase consenso que não podia tratar-se de madeira, um elemento muito raro na desértica região do Egito; mas sim óleo, que era carregado no lombo de burros até a parte superior do farol. A luz era refletida e ampliada com espelhos. Segundo Josephus, ela podia ser vista a 54 km da costa.
O farol de Alexandria não somente foi uma das maiores construções de seu tempo, mas também o primeiro farol da história da humanidade. Depois dele, a palavra “farol” serviu para designar não só uma torre com luz própria feita para orientar a navegação, como também para designar muitas outras fontes de luz, como o farol do carro, por exemplo.
Contudo, embora majestoso, o farol não constava nas primeiras listas das sete maravilhas do mundo, feitas pelos gregos. Foi somente durante a Idade Média que um monástico europeu chamado Beda incorporou-o à lista, colocando-o no lugar das Muralhas da Babilônia.
Após a invasão do Egito pelo império árabe, o terceiro nível do farol, que já estava seriamente danificado por um terremoto, foi reconstruído como uma pequena mesquita. No início do século XII, já em ruínas, o farol foi completamente destruído por um novo terremoto. No seu lugar foi construído o Forte de Kait Bey.
Mesmo assim, o farol continua muito vivo na nossa época, servindo como modelo arquitetônico para centenas de igrejas católicas espalhadas pelo mundo. Em muitas delas, basta apenas substituirmos a cruz do pináculo por uma estátua de um deus grego para que o farol de Alexandria, à semelhança do próprio Cristo, milagrosamente ressuscite diante de nossos olhos.
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